Com o término do primeiro round de escolhas no nosso draft, é hora de dar uma comentada nas 24 escolhas até agora e analisar como cada time está se saindo. Se você discorda, quer explicar sua escolha, ou até mesmo analisar todas as escolhas uma a uma, basta enviar para o e-mail do Bola Presa e nossos estagiários terão prazer em postar aqui no blog.
1 - Floripa Waves - LeBron James
Ninguém tinha dúvidas de que LeBron estaria pegando onda em Florianópolis assim que o draft começasse. Com 23 anos, LeBron James está apenas no início de sua carreira e pode passar longos anos defendendo o Waves. Seus números são monstruosos em todas as categorias da Liga Bola Presa (pontos, rebotes, assistências, bolas de 3, tocos e roubos) e a promessa de ser o cestinha da NBA pelo menos pela próxima década já torna o Waves uma potência na categoria pontos. Com mais 3 anos de contrato, há bastante tempo para abrir os cofres e pensar numa renovação de contrato para LeBron.
2 - Cambuquira Pure Water - Chris Paul
O perdedor da disputa de MVP dessa temporada acabou saindo antes que Kobe Bryant, e com razão: sendo o líder em assistências e roubos da NBA, o Pure Water já sai na frente nos dois quesitos. Com apenas três anos na Liga, Chris Paul ainda deve progredir muito e melhorar cada vez mais seus números, sólidos em todos os quesitos. Apenas em tocos Chris Paul beira o nulo, o que deverá ser compensado pelo resto de sua equipe. Além disso, Chris Paul ganhará apenas 4 milhões na próxima temporada, dando muita flexibilidade salarial para o time de Cambuquira. Basta apenas pensar na renovação milionária que deve ocorrer em 2010.
3 - Pará Parapapão - Kobe Bryant
O atual MVP traz para o Pará um poder imediato no quesito pontos, além de números altos em rebotes, assistências e roubos. Já provou que suas estatísticas não caem na presença de Pau Gasol, mas ainda resta saber como seus números reagirão com Pau e Bynum em quadra ao mesmo tempo. Kobe traz flexibilidade ao time por ser bom em todas as categorias, mas seu salário monstruoso que lhe pagará 24 milhões em 2010 limita um pouco as futuras escolhas do Parapapão.
4 - Curitiba Green Glass - Dwight Howard
Numa liga em que os pivôs eficientes em fantasy são poucos, a equipe de Curitiba salta na frente com o melhor pivô de todos. Dwight tem apenas 22 anos, muito tempo para evoluir, e já o líder em rebotes da NBA, além de ser um dos 5 primeiros em tocos. O Green Glass começa bem nesses quesitos, mostrando-se um bom time defensivo, além de ter contrato com Dwight por mais cinco temporadas e um salário não muito elevado (máximo de 18 milhões). O jovem pivô tem uma das melhores relações de custo-benefício da Liga.
5 - SP HorseRide - Deron Williams
O rapaz que sempre chuta o traseiro de Chris Paul nos confrontos diretos é uma escolha ousada tão rápido no draft. Suas 10 assistências por jogo são valiosíssimas, e os playoffs mostram que há potencial para que sua produção em pontos e em bolas de 3 cresçam muito, mas em rebotes, roubos e tocos, Deron deixa a desejar para uma quinta escolha. Suas porcentagens de aproveitamento de arremessos, que são onde o jogador mais brilha, não valem para a Liga Bola Presa de Fantasy, infelizmente. No entanto, assim como Chris Paul, trata-se de um jogador jovem e com salário muito baixo, o que traz potencial e flexibilidade financeira para os cavalinhos de São Paulo.
6 - Goiânia Horizon Horse - Amaré Stoudemire
Amaré floresceu no estilo veloz do Phoenix Suns e draftá-lo agora não deixa de ser um risco: como ele se sairá caso seja estabelecido um estilo mais lento, de garrafão, no Arizona? Se depender do Amaré que vimos ao lado de Shaq, a resposta é animadora. Stoudemire traz para Goiânia muitos pontos, e que devem subir mais e mais com a presença de Shaq, além de rebotes e tocos. Sua fama de péssimo defensor não aparece em fantasy, já que Amaré tem mais de 2 tocos por jogo, tornando seu salário não exageradamente alto e longo contrato uma excelente escolha para o Horizon Horse.
7 - Deep Step Ballers - Kevin Garnett
Garnett traz para Passo Fundo números sólidos em todas as categorias, mas nada que lembre sua época de Wolves, em que dominava o mundo do fantasy. Jogando pelo Celtics, seus números ofensivos se diluem nas mãos de Pierce e Ray Allen, além dos inúmeros jogos em que sequer entra no quarto período porque a partida já está praticamente vencida. Por ser o dono do maior salário da NBA, 18 pontos, 1 roubo e 1 toco acabam parecendo pouca coisa, mas Garnett é sempre consistente e traz um número bem alto de assistências para um ala de força.
8 - Bauru Without Tomato is Mixed - Tim Duncan
Não era surpresa que um fã do Spurs draftasse Tim Duncan, conhecendo sua consistência e qualidades. Dificilmente Duncan terá uma partida apagada, deixando o time de Bauru na mão. Seus rebotes e tocos são altos, os pontos são respeitáveis e as assistências, acima da média para os pivôs. Aliás, esse é um ponto importante: apesar de seu gordo salário, Duncan pode jogar como pivô em fantasys, dando liberdade para o Bauru Sem Tomate é Misto escalar sua equipe, e começando bem numa liga em que os pivôs realmente bons são minoria.
9 - Rio de Janeiro DrugDealers - Marcus Camby
Os traficantes do Rio resolveram apostar alto, mas devem estar acostumados com grandes riscos. Se saudável, conseguir Camby na nona escolha é um assalto à mão armada: pivô, líder em tocos, segundo em rebotes, pelo menos um roubo por jogo e número alto de assistências, tudo com um salário bem abaixo da média. Pode ganhar sozinho alguns jogos nos quesitos tocos e rebotes, deixando as outras categorias para os demais jogadores. No entanto, Camby tem um longo histórico de contusões. Nessa temporada, jogou 79 jogos, o que é bom sinal, mas nunca se sabe. Caso passe muito tempo contundido, os DrugDealers terão que se virar sem sua primeira escolha em quadra.
10 - JPA KissFlowers - Baron Davis
Outra escolha muito arriscada no draft. Saudável, Baron Davis traz pontos, assistências, muitos rebotes para um armador, e é um dos líderes de roubos de bola da NBA, além de uma máquina de arremessar da linha de 3 pontos. Simplesmente por isso, mereceria ser um dos 5 primeiros draftados, então pegá-lo na décima escolha pode ter sido uma pela barbada. No entanto, draftar Baron Davis traz dois problemas: o primeiro é sua saúde, que sempre é uma incógnita. O segundo é sua situação contratual: se assinar com outro time na NBA, os Beija-Flores podem ter que pagar a Davis um salário ainda mais alto (ou talvez menor), mas se aceitar apenas a extensão por mais um ano, ele virará um free agent e os dirigentes do KissFlowers terão que abrir os cofres para impedir que Baron Davis seja contratado por outra equipe.
11 - Brasilia Twisted Trees - Steve Nash
Nash leva para o Palácio do Planalto números altíssimos em assistências e bolas de 3 pontos, além de ser sólido em pontos. Seus números defensivos, como roubos, tocos e rebotes, no entanto, deixam a desejar. Assim como Deron Williams, é um jogador que sofre em fantasy por não poder aproveitar suas porcentagens altíssimas de arremesso. Ainda assim, suas 11 assistências por jogo são o suficiente para que as Árvores já estejam entre os líderes nesse quesito. Resta, agora, torcer para que o novo técnico do Suns não comprometa seu número de assistências e que ele volte para Brasilia quando virar free agent.
12 - Campos Oilers - Carlos Boozer
Para mim, uma das escolhas mais polêmicas dessa primeira rodada, principalmente pelas atuações fracas nos playoffs. De todo modo, Boozer levará seus pontos e rebotes para o time do petróleo, e cabe ao resto do seu elenco suprimir seus problemas com tocos. Como também é jovem, deve evoluir ao lado de Deron Williams e poderia figurar entre os cestinhas da NBA nos próximos anos. Também virará free agent em breve, mas se isso aumentará ou diminuirá seu salário, apenas suas atuações poderão dizer.
13 - Recife Gold Lions - Dirk Nowitzki
O alemão é um achado na décima terceira escolha, para a felicidade dos leões de Recife. Seus pontos e rebotes ainda somam-se às suas assistências, respeitáveis para um homem de seu tamanho, e principalmente de suas bolas de 3, raríssimas para um ala de força. O time de Recife sai ganhando em várias categorias, vira uma ameaça no quesito bolas de 3, e só deixa a desejar em roubos de bola, ainda que Dirk compense com seus outros atributos.
14 - São Bernardo Furnitures - Al Jefferson
Essa é minha escolha, então sou meio suspeito para falar. Mas aqui o quesito potencial pesa muito. Al Jefferson tem 23 anos, médias altas de rebotes e pontos, não compromete em tocos e roubos, e tem um contrato não muito alto que vai até a temporada 2012/13. Além disso, o Wolves fede e, portanto, Al Jefferson deve manter os números altos e não abandonará a temporada antes da hora. Talvez draftá-lo na décima quarta escolha seja exagero, mas os cartolas da cidade dos móveis resolveram correr o risco.
15 - Natal Suncity - Chris Bosh
Uma grande escolha para a cidade do sol, Bosh traz pontos, rebotes e números que não comprometem em assistências, roubos e tocos. Seu potencial ofensivo é ilimitado, suas assistências estão sempre aumentando, mas Bosh teve problemas com lesões no pé durante toda a temporada, tornando a escolha um pouco arriscada. Ainda assim, Bosh pode jogar como pivô e o time de Natal já sai reforçado nessa posição se o homem-dinossauro não passar muito tempo na enfermaria.
16 - Porto Alegre Ornitorrincos - Tony Parker
Sem dúvida, a escolha mais questionável do draft até agora. Claro, Parker pode fazer pontos à vontade e tem um contrato longo, mas seus números defensivos (roubos, tocos) e até mesmo de assistências, não são o ideal para um armador na décima sexta escolha. Sua porcentagem de arremesso não é levada em conta e as bolas de 3 pontos até poderiam ser valiosas, mas Gregg Popovich está sempre podando os arremessos de Parker. Mesmo assim, o francês é jovem e parece estar melhor a cada temporada. Seus pontos com certeza serão valiosos para os Ornitorrincos, mas a pena é que seu potencial de pontuador só costume aparecer de verdade nos playoffs.
17 - SP Crazy - Dwyane Wade
Os Birutas de São Paulo fizeram uma das escolhas mais sãs do draft até o momento. Se tivesse jogado a última temporada, Wade teria sido um dos 5 primeiros desse draft, talvez até mesmo sendo escolhido na terceira posição. Pegá-lo na escolha dezessete parece um absurdo: é como poder pular 15 escolhas na tabela. Dwyane é jovem, cheio de potencial, não tem um histórico de contusões, e trará para São Paulo números altos em todas as categorias: pontos, rebotes, assistências, roubos e até bolas de 3, nas quais Wade parece se especializar mais a cada temporada. Se recuperar sua forma e voltar com tudo na próxima temporada, o SP Crazy pode ter em mãos a maior mamata de todo o draft.
18 - Interlagos Racecars - Josh Smith
Uma escolha sólida para o time de Interlagos, que contribui em todas as áreas e torna o time imeditamente versátil. Josh Smith pega muitos rebotes, não compromete em assistências, e tem números altíssimos em tocos e roubos, podendo até mesmo ganhar alguns jogos sozinho nessas categorias. Seus pontos, no entanto, são a grande incógnita: há potencial para que Smith seja um grande pontuador, com muitas bolas de trás da linha de 3 pontos, mas talvez essa faceta nunca seja utilizada ao máximo no Atlanta. Outra preocupação para os Carros de Corrida é o futuro salário de Josh Smith, que deve aceitar uma renovação milionária que pesará nos cofres de Interlagos. Mas, seja como for, Smith é jovem e deve desenvolver seu jogo e passar muitos anos assistindo o Grande Prêmio de Fórmula 1 de sua janela.
19 - Vila Real Junkheads - Brandon Roy
Mais um jogador em que o fator principal é o potencial. A esquadra lusitana apostou em Roy após uma temporada que o revelou ao mundo, e a tendência é de que a produção dele só cresça com a experiência adquirida e a chegada de Greg Oden. Brandon Roy joga como PG às vezes pelo Blazers e em tempo integral pelo Vila Real, e trás ao time rebotes, assistências e roubos de bola, além da possibilidade de se transformar em um grande cestinha. Se não fosse o bastante, seu salário é uma piada (apenas 3 milhões), o que permitirá ao time de Portugal uma flexibilidade muito grande na hora de montar sua equipe. A princípio eu estranhei bastante a escolha, mas quanto mais pensei nela, mas achei um excelente começo para os Junkheads.
20 - Santo André Balboas - Monta Ellis
Assim como Brandon Roy, no mundo do fantasy Monta Ellis joga como PG. Por um lado isso é bom, afinal Ellis tem média de rebotes muito mais alta do que os armadores comuns, mas em compensação suas assistências deixam um pouco a desejar, embora estejam constantemente aumentando. De um modo geral, Monta Ellis é uma boa pedida para pontos, rebotes, assistências e roubos, e é uma escolha competente no final do primeiro round, mas não podemos deixar de pensar se os Rockys de Santo André fizeram mesmo a melhor escolha possível. Ellis tem como grande qualidade na NBA o fato de pontuar como ninguém batendo para dentro do garrafão e sofrendo faltas, coisas que não aparecem em nossa liga: nem suas altas porcentagens, nem os lances livres feitos são levados em consideração. Além disso, seu modo de jogo inclui passar meses sem nunca arremessar uma mísera bola de 3 pontos, o que é imediatamente um problema nesse quesito de fantasy para os Balboas. Também é preciso se preocupar com o salário de Ellis, que assinará um novo contrato mas que não sabemos de quanto - a folha de pagamento do time de Santo André será um mistério por algum tempo.
21 - San Diego Spikes - Pau Gasol
Os números de Gasol não são impressionantes, mas são uma boa pedida ao final do primeiro round e tendem a crescer. Seus pontos e rebotes são bons, mas não excelentes; os tocos são uma grande ajuda, mas as assistências podem ser o mais surpreendente sobre o espanhol, já que vem aumentando mais e mais suas médias nesse quesito durante os playoffs. Na temporada que vem, com mais entrosamento dentro do Lakers, pode melhorar ainda mais seus números, tanto em assistências quanto nos outros fundamentos. No entanto, Bynum pode ser uma ameaça. Como as médias de pontos, tocos e rebotes de Gasol reagirão à presença do jovem pivô do Lakers? Os Espinhos de San Diego estão apostando alto, mas Gasol tem tudo para se mostrar uma grande escolha.
22 - São Paulo TrafficJam - Gilbert Arenas
E você pensava que draftar o Baron Davis era ter bolas no saco, né? Aqui está uma escolha que mostra culhões e que pode levar o Congestionamento ao título ou aos últimos lugares da Liga. Saudável, Arenas é um dos cestinhas da NBA e ainda tem números bons em rebotes, assistências, roubos e principalmente bolas de 3 enquanto faz seus 30 pontinhos por jogo. Ou seja, material para ser Top 5, no máximo Top 10 desse draft. Mas Arenas pode ter outra temporada como essa última, em que toda vez que retorna de contusão, seu estado físico piora e ele acaba na enfermaria de novo. Uma temporada dessas poderá ser o suficiente para o TrafficJam ter a primeira escolha do draft, mas grandes riscos também podem levar a grandes recompensas. Além de toda essa incógnita sobre a saúde de Arenas, seu salário também está no mesmo mar de dúvidas. Gilbert pode aceitar um salário máximo, zilionário, e quebrar os cofres do time de São Paulo, ou pode aceitar ganhar menos para jogar ao lado de Jamison. Assim como acontece com sua saúde, apenas o tempo nos dirá se essa escolha foi incrível ou não.
23 - Campos Lighthalzen - Yao Ming
Por falar em bolas no saco, mais um time resolve apostar alto. O chinês favorito de11 entre cada 10 chineses vai para Campos se tornar o pivô titular, com médias altas em pontos, rebotes, tocos e não deixando a desejar em assistências. Um dos melhores jogadores de uma das posições mais fracas do mundo do fantasy, Yao Ming é um achado monumental na vigésima terceira escolha. Quer dizer, se ele jogar pelo Lighthalzen, claro. Com problemas de contusões em todas as suas temporadas, Yao é uma escolha questionável que traz pânico a qualquer dirigente, seja de fantasy ou do mundo real. Voltando de contusão, fatigado pela disputa das Olimpíadas, o rendimento de Yao Ming e quanto tempo ele ficará em quadra podem comprometer a equipe de Campos, mas caso isso não aconteça, seu time tem ouro em mãos a preço de banana.
24 - Goytacaz Warriors - Manu Ginobili
Com tudo para ser o cestinha do Spurs pela próxima década e números elevados em rebotes, assistências e roubos, o argentino narigudo é uma boa adição do novo dirigente dos Guerreiros de Goytacaz. Seu salário de 9 milhões fica bem dentro do aceitável e há potencial para que Ginobili lidere o Spurs por anos, até mesmo depois de Duncan se aposentar. Essa escolha só não é seguramente boa porque algumas dúvidas ainda existem: Ginobili continua vindo do banco, o que às vezes compromete seus minutos em quadra, e ele nunca jogou todos os jogos de uma temporada, seja por contusão, seja por ser poupado quando o Spurs já está classificado. O argentino pode acabar deixando o Warriors na mão em momentos decisivos, mas de um modo geral é uma escolha bastante interessante.
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