Mais uma rodada finalizada, mais uma análise de todas as escolhas feitas até agora. A segunda rodada costuma ser muito mais polêmica e aqui na Liga Bola Presa não foi diferente, já que tivemos uma boa dose de escolhas um tanto inusitadas. Novamente, se você discorda da análise abaixo, ficou bravo, quer explicar suas escolhas ou até analisar os outros, o e-mail do Bola Presa continua aberto para todos os participantes.
1 - Goytacaz Warriors - David West
David West teve excelentes atuações nos playoffs e os Guerreiros de Goytacaz certamente estiveram de olho no potencial do garoto. As atuações na temporada regular foram sólidas, mas o desempenho nos playoffs é o que realmente faz valer o salário de 10 milhões e a escolha na segunda rodada: 20 pontos, 9 rebotes, mais de um roubo por jogo e 2 tocos por partida. Tudo isso aliado à sua juventude tornam essa escolha melhor do que várias feitas na primeira rodada.
2 - Campos Lighthalzen - Rudy Gay
A chegada de Rudy Gay traz muito potencial ao time de Campos. Crescendo a cada temporada, com números sólidos em roubos e tocos, e se destacando como excelente pontuador e reboteiro que deve se acostumar a carregar seu time nas costas, Gay certamente vai conseguir superar seu nome. Seu salário também é risível, de apenas 2 milhões, mas Campos deve ficar pronto para abrir os cofres e lhe pagar em breve um salário de estrela quando se tornar free agent. Pela idade e potencial, também tem qualidade para ter sido uma escolha de primeira rodada.
3 - São Paulo Traffic Jam - Andrew Bynum
Mais uma escolha arriscada para o time do Congestionamento. Com Arenas na primeira rodada e agora o jovem pivô Bynum na segunda, o time parece estar investindo em sua enfermaria. A saúde do pivô é um ponto de interrogação, já que apresenta problemas sérios já tão cedo em sua carreira, mas quando saudável Bynum mostrou sinais de que já é um dos melhores em sua posição e que será o próximo pivô a dominar a NBA. Fora os problemas no físico, também há a dúvida de como suas estatísticas reagirão a Pau Gasol, mas onde há talento, sempre haverá números. Mais um jogador com um salário simbólico de 2 milhões que deve obrigar o time de São Paulo a liberar espaço na folha de pagamento nos próximos dois anos.
4 - San Diego Spikers - Carmelho Anthony
Os números defensivos deixam a desejar, mas Carmelo tem potencial para ser cestinha da NBA por anos a fio e coloca o time de San Diego já entre os líderes de pontos da nossa liga. Além disso, vem aumentando o número de rebotes e bolas de 3 consistentemente, temporada após temporada, e já tem números mais do que satisfatórios para um SF. Não contribui em todas as categorias mas é excelente nas que contribui. Uma escolha muito boa para uma segunda rodada apesar do salário de estrela.
5 - Santo André Balboas - Kevin Martin
Kevin Martin vai fazer dupla com Monta Ellis em Santo André e os dois são muito parecidos, para o bem e para o mal. Kevin Martin também é um excelente jogador pontuador que brilha quando bate para dentro da cesta, se aproveitando do contato e cobrando lances livres. Suas altas porcentagens e lances livres convertidos não contam para a Liga Bola Presa, no entanto, tornando Kevin Martin apenas um grande pontuador que não contribui muito nas outras categorias. Com Ellis completando a dupla de armação, ao menos em pontos, por enquanto, os Balboas não tem do que reclamar, mas os dois tem pontes fortes não aproveitados no mundo do fantasy.
6 - Vila Real Junkheads - Danny Granger
Danny Granger era uma das escolhas mais cobiçadas da segunda rodada não pelos números que mantém agora, mas pelos números que pode obter no futuro. Ao fim da temporada, mostrou que pode ser um dos grandes cestinhas da NBA sem perder os bons números defensivos em rebotes, tocos e roubos. Deve ser a estrela do Pacers pelos próximos anos e, portanto, seus números só tendem a aumentar. O único problema é que seu contrato, que lhe pagará míseros 2 milhões na próxima temporada, deve acabar em breve, tornando Granger um dos free agents mais cobiçados e obrigando o time de Portugal a escancarar a folha salarial.
7 - Interlagos Racecars - Andre Iguodala
Iguodala chega à terra do Autódromo como o cestinha do Sixers, ótimos números em rebotes e assistências, e um dos líderes da NBA em roubos de bola. Somando-se à escolha da primeira rodada, Josh Smith, o time de Interlagos já desponta como o líder da Liga em roubos de bola por partida, mantendo números altos também em todas as outras categorias. O Iguodala é uma escolha excelente mas, assim como Josh Smith, deve aceitar um novo contrato que deve lhe pagar um contrato digno de uma estrela. Sem saber quanto deve pagar para Smith e Iguodala, a folha salarial de Interlagos é uma total surpresa, o que compromete a escolha das próximas rodadas.
8 - SP Crazy - Antawn Jamison
Jamison é o novo ala que vem ficar doidinho em São Paulo, trazendo para a cidade seus 20 pontos e 10 rebotes por partida. Embora não dê tocos, o que compromete sua escalação como PF, é excelente nas bolas de 3 e pode jogar como SF, tornando seus 10 rebotes por jogo exorbitantes. É um jogador bastante versátil com suas estatísticas que pode jogar em duas posições, tornando-o maleável a várias estratégias de jogo. Uma boa adição para o time de São Paulo mas que também traz a dúvida de quanto ganhará e onde jogará, já que seu contrato com o Wizards acaba de se encerrar.
9 - Porto Alegre Ornitorrincos - LaMarcus Aldridge
Para mim, mais uma escolha polêmica por parte do Ornitorrincos, que já é um animal bem polêmico - seria um mamífero, seria uma ave? O time que draftou Tony Parker na primeira rodada traz agora LaMarcus Aldrigde, no que parece ser uma escolha baseada no potencial. Apesar dos números apenas medianos em pontos, uma estranha alergia a rebotes e números abaixo da média em tocos e roubos, Aldrigde teve um excelente final de temporada, com quase 20 pontos, 10 rebotes, e mais de um toco por partida. É jovem e deve evoluir muito seu jogo, que deve crescer com a chegada de Greg Oden a Portland, mas sua média de rebotes deve sofrer ainda mais. Como ponto positivo, seu salário é bem abaixo do comum para a produção que oferece, mas ainda assim parece uma escolha precipitada para uma segunda rodada.
10 - Natal Suncity - Caron Butler
Uma escolha excelente na segunda rodada, Natal consegue sua própria versão de Andre Iguodala, um jogador pontuador, com altas médias de rebotes e assistências e um dos líderes da NBA em roubos de bola. A seu favor, o salário, que em 8 milhões deve ficar bem abaixo do Iguodala, mas em compensação sua saúde é uma preocupação a mais. Butler teve problemas físicos em todas as temporadas que disputou na NBA e apesar de ter números excepcionais, certamente sua saúde trará dores de cabeça para o pessoal da ensolarada Natal.
11 - São Bernardo Furnitures - Andrew Bogut
Minha escolha, e uma escolha particularmente fraca no segundo round, medrosa. O medo da falta de pivôs fez com que o Furnitures escolhesse Bogut muito antes do que merecia. Outros pivôs, inclusive, eram melhores que Bogut mas o time de São Bernardo ficou com medo de salários muito altos e contusões demais. Pela idade e número de rebotes, Bogut forma com Al Jefferson uma dupla de garrafão respeitável, mas seus tocos são inconstantes e talvez não haja muito potencial para que ele se torne um grande pontuador. Uma escolha nem um pouco corajosa, nada genial mas que, espero, deve comprometer pouco.
12 - Recife Gold Lions - Shawn Marion
Uma escolha fenomenal, melhor do que mais da metade das escolhas da primeira rodada. Marion foi um dos líderes de fantasy durante várias temporadas seguidas enquanto jogava pelo Suns e, ao chegar em Miami, manteve suas médias quase intactas. Com o medo de seu futuro salário (que não deve ser tão grande quanto era o antigo) e as contusões que, reais ou não, o tiraram de quadra nessa temporada, acabou sobrando para os Leões Dourados abocanharem. Recife recebe um jogador excelente em pontos, rebotes, roubos, tocos e bolas de 3 pontos, um sonho jogando como SF. A única coisa com a qual seu time deve se preocupar é a possibilidade de Marion aceitar uma extensão de contrato por apenas um ano, o que obrigaria a equipe de Recife a ver Marion virar free agent na temporada que vem e lutar, com dinheiro, pelos seus direitos.
13 - Campos Oilers - Chris Kaman
Kaman é uma ótima escolha num draft que vai ficando sem pivôs. Jovem, com um salário bem dentro dos limites, potencial para ser um grande pontuador, reboteiro e um dos líderes em toco da NBA, excelente para balancear Carlos Boozer, a escolha da primeira rodada do time do petróleo. O único problema com Kaman é como suas médias reagirão com a volta de Elton Brand ao Clippers, tirando Kaman do centro tanto do ataque quanto da defesa. De todo modo, uma escolha mais corajosa do que o Andrew Bogut foi na 11a, e que pode gerar muito mais lucros.
14 - Brasilia Twisted Trees - Allen Iverson
Apesar do salário exorbitante de 20 milhões e do contrato que acaba na próxima temporada, tornando-o free agent, Iverson ainda é uma boa escolha no mundo do fantasy. Seus pontos são o bastante para que figure entre os cestinhas da liga, o número de assistências é elevado e faz dupla com Steve Nash para tornar o time do Planalto um dos líderes no quesito, e os roubos de bola e bolas de 3 pontos continuam excelentes. Em tudo que contribui, Iverson é um especialista, ideal para a estratégia que parece estar surgindo em Brasília e, se não fosse pelo seu salário, mereceria ter sido escolhido muito, muito antes.
15 - JPA KissFlowers - Jamal Crawford
Uma escolha esquisita mas dotada de sua lógica particular. Crawford tem um salário bem razoável, é um bom pontuador, com potencial para ser a grande estrela do Knicks, um número bastante elevado de rebotes para um armador, e um número de assistências e de roubos que variam muito de jogo para jogo e, com certeza, com o estilo da equipe. A aposta dos BeijaFlores é de que o novo técnico do Knicks, Mike D'Antoni, permita que Crawford desenvolva todo seu potencial na quadra aberta, onde ele realmente parece florescer, com o perdão do trocadilho. Se isso de fato ocorrer, Crawford pode ter sido uma escolha excelente, mas a sensação é de que com sorte ele talvez pudesse ter sobrado na terceira rodada. Pelo sim, pelo não, respeito os cariocas do JPA pela coragem.
16 - Rio de Janeiro DrugDealers - Emeka Okafor
Uma boa escolha nessa altura do draft, Okafor pode jogar em duas posições e tem números tão bons quanto qualquer outro pivô na defesa. Apesar de ter tido uma temporada decepcionante pelo que se esperava dele, deve sempre figurar entre os líderes de rebotes e tocos, o que o torna importantíssimo na estratégia dos Traficantes. Com Okafor e Marcus Camby no garrafão, dificilmente os drogados cariocas perderão em tocos e rebotes. O único ponto fraco do elenco é a saúde. Embora Okafor tenha jogado todos os jogos nessa temporada, seu histórico de contusões é, assim como o de Camby, bastante extenso. Além disso, Okafor deve virar free agent em breve, testando os cofres lá do morro.
17 - Bauru Without Tomato is Mixed - Rajon Rondo
Facilmente a escolha mais estranha, para mim, da segunda rodada. Rondo é jovem, cheio de potencial, tem o menor salário do draft até agora (apenas 1 milhão) e tudo indica que será um grande jogador com o passar dos anos. Considero o melhor armador no quesito rebotes e é muito competente nos roubos de bola. Em pontos, é quase nulo, e em assistências tem números sólidos mas abaixo de vários jogadores ainda não draftados. Rondo é uma versão menor, mais jovem e mais barata de Jason Kidd, pode estar sempre flertando com um triple-double todo jogo e não tenho dúvidas de que será valiosíssimo para o Bauru Sem Tomate. Se fosse escolhido em outras rodadas, teria sido um achado, uma jóia, um roubo a mão-armada. Escolhido agora, parece cedo demais. De todo modo, é uma escolha corajosa e que, para o futuro, pode deixar o time de Bauru com uma estrela de fantasy em mãos.
18 - DeepStep Ballers - Greg Oden
Alguém iria ter a coragem de draftar o jogador que sequer chegou na NBA e já perdeu a temporada, e as bolas são dos Ballers (rá!). Diz a lenda que ele jamais ficou saudável na carreira, nem mesmo na faculdade, mas isso nunca o impediu de ter grandes atuações. Embora seja um enorme risco para o time de Passo Fundo, tanto pela saúde de Oden como pelo fato de nunca termos visto o pivô jogar, de modo que temos que adivinhar como será seu desempenho na NBA, esse é um investimento que tem tudo para dar lucro. Oden deve virar um dos melhores pivôs da Liga, uma verdadeira estrela que jamais teria sobrado na segunda rodada se já o tivéssemos visto em ação. Num draft em que os pivôs viram ítem de colecionador, os Ballers saem com uma estrela em mãos pela qual vale a pena correr o risco.
19 - Goiânia HorizonHorse - Tyson Chandler
Os Cavalinhos escolhem um pivô especialista em rebotes que não contribui muito nas outras categorias. Assim como foi a escolha do Bogut, é uma escolha de quem se desesperou com a falta de pivôs e acabou deixando de draftar jogadores melhores que estavam disponíveis. Ainda assim, é uma escolha sólida, já que Chandler e Amaré Stoudemire, a escolha da primeira rodada, formarão uma das melhores duplas reboteiras da Liga Bola Presa. Além do mais, a química entre Chandler e Chris Paul parece aumentar cada vez mais no Hornets e é possível que, com isso, seu número de pontos suba cada vez mais, o que obviamente será muito bem-vindo em Goiânia.
20 - SP HorseRide - Kevin Durant
Sem sombra de dúvidas uma futura estrela, com números já surpreendentes e um salário muito baixo pelos próximos anos que deve explodir rumo a um contrato máximo em seguida, fato para o qual os Eqüinos de São Paulo devem já se preparar. Durant será sempre uma potência em pontos e mediano em rebotes, roubos, tocos e bolas de 3. Pelo que apresentou em sua primeira temporada, não parece tender a tornar-se uma estrela de fantasy, mas o potencial é quase infinito e apenas o tempo nos dirá como Durant desenvolverá os outros aspectos do seu jogo. É uma escolha claramente baseada na juventude e no potencial, e deve ser julgada como tal. Eu não faria, mas compreendo.
21 - Curitiba Green Glass - Al Horford
Uma das minhas escolhas favoritas da segunda rodada. Al Horford é simplesmente um monstro nos rebotes e se venho dizendo que vários times da Liga Bola Presa são, até agora, praticamente invencíveis nos rebotes, pense de novo: os Vidros Verdes formam o melhor garrafão nesse quesito, com Horford e Dwight Howard. Além disso, Horford é sólido na defesa, não comprometendo nos roubos e tocos, tem muito potencial no ataque e principalmente, na minha opinião, nas assistências. O PF provou em várias ocasiões que é um passador exemplar e pode ter médias altíssimas de assistências um dia, tornando-o ainda mais completo. Com seu salário de novato, idade, potencial e já sendo um dos líderes em rebotes, é um achado no finalzinho dessa rodada.
22 - Pará Parapapão - Brad Miller
Um par de temporadas terríveis para um pivô excelente. Brad Miller é um rei no mundo do fantasy que teve uma conversinha com os Monstars e teve que reaprender a jogar novamente no meio da última temporada. Mesmo com os números ruins do último ano, Miller tem boas médias, com 13 pontos, quase 10 rebotes, 1 toco, 1 roubo e quase 4 assistências. A idade e as contusões são fatores preocupantes, mas as médias elevadas, aliadas ao potencial de ter um pivô com 15 pontos, 10 rebotes e 5 assistências, são realmente tentadoras. Junto com Kobe, Brad Miller torna o Parapapão um time versátil, capaz de ter números altos em quaisquer quesitos e adotar diversas táticas diferentes.
23 - Cambuquira Pure Water - Samuel Dalembert
Um pivô subestimado que é uma escolha muito boa para o time da Água Pura no finzinho da segunda rodada. Dalembert está entre os líderes da NBA em tocos e rebotes, tornando-o mais útil do que um punhado de pivôs escolhidos antes dele. No entanto, os pontos são limitados e as assistências e roubos quase inexistentes, tornando-o um jogador especialista demais, de modo que apenas alguns times podem aproveitá-lo totalmente. Os roubos são bem balanceados pela escolha anterior da primeira rodada, Chris Paul, e a dupla é ironicamente melhor em fantasy do que seria a dupla real no New Orleans, Chris Paul e Tyson Chandler. De modo geral, um começo bastante promissor para o time de Cambuquira.
24 - Floripa Waves - Andris Biedrins
Uma escolha arriscada, polêmica e da qual eu gosto muito. Biedrins é um monstro nos rebotes, sólido nos tocos e roubos, e muitas vezes surpreendente nos pontos. Em outro time que não o Golden State, com outro técnico, Biedrins poderia ser um dos melhores pivôs do mundo do fantasy. Há potencial para uma média de 15 rebotes por jogo e com sua velocidade e físico, pode se encaixar em vários estilos de jogo. Graças a Don Nelson, acaba tendo minutos limitados demais em vários jogos da temporada, o que é um problema no mundo do fantasy. Embora ao fim da temporada suas médias sejam de 10 rebotes por jogo, o time de Floripa pode perder um jogo simplesmente porque Biedrins mal entrou em quadra e pegou apenas 3 rebotes, enquanto em outra partida pode jogar todos os minutos e pegar 22. A variação acaba decidindo jogos importantes mas pelo potencial e idade, Biedrins é uma das escolhas mais interessantes do draft até agora. Deve se tornar free agent em breve mas seu salário não deve ser tão inflado quanto os de outros pivôs que, inclusive, produzem menos do que ele. Uma escolha melhor do que o meu Bogut, por exemplo.
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