10 de junho de 2008

Análise das escolhas da Terceira Rodada

Com um bocado de atraso, vamos dar uma olhada nas escolhas da terceira rodada. As duas primeiras, ainda que tenham tido escolhas polêmicas, sempre tendem mais para o consenso. As dúvidas são entre escolher uma ou outra estrela, dependendo da estratégia de cada equipe. Mas na terceira rodada é que escolher estrelas, escassas e menos óbvias, começa a definir os melhores e os piores times, expondo as falhas e estratégias de cada um. Analisemos, então, a rodada mais crucial do draft até então.

1 - Floripa Waves - Gerald Wallace


É assustador pensar que um jogador tão espetacular em fantasy como G-Wallace sobre na terceira rodada do draft. O que as Ondas de Florianópolis estão conseguindo aqui é um jogador que pode sozinho, em qualquer semana, ganhar uma partida com tocos e roubos enquanto contribui em todos os outros quesitos. Suas assistências na última temporada cresceram de maneira promissora e seus pontos sobem temporada após temporada no Bobcats, já beirando os 20 por jogo. Como SF, é um excelente reboteiro e também arremessa de trás da linha de 3 pontos, tudo isso com um salário perfeitamente razoável. O único problema é sua saúde. E não estamos falando aqui de jogadores que são um risco porque estão voltando de contusão e podem acabar se machucando novamente, estamos falando de um sujeito que nunca jogou 82 partidas em toda sua carreira e que nos últimos 4 anos nunca jogou mais de 72 partidas. (em cada uma das quatro últimas temporadas, jogou respectivamente 70, 55, 72 e 62 jogos). Ter Gerald Wallace é ter uma estrela inigualável e saber que, cedo ou tarde, você será impossibilitado de usá-la. Na terceira rodada, acho que vale o risco e alerto: quando ele estiver jogando, o Waves tem um dos trios mais completos da Liga Bola Presa.

2 - Cambuquira Pure Water - Luol Deng

Luol Deng é um ótimo jogador que, assim como muitos outros, sofreu em produtividade graças à terrível temporada do Chicago Bulls. Seus números acabaram se tornando inconstantes com a falta de certeza sobre seu papel em quadra: seria ele um SF ou um PF, deve jogar no perímetro ou dentro do garrafão, é uma peça de apoio ou a estrela da equipe? Por algum tempo, foi tratado como estrela, mas rapidamente ficou óbvio que ele (e seus números) não são o bastante. No mundo do fantasy, Deng é apenas um colaborador, tendo números defensivos muito fracos, com poucos roubos e tocos, e números apenas medianos em pontos e rebotes. O potencial para uma produção maior existe, mas o novo salário que assinará é uma preocupação, já que ele próprio espera o pagamento de uma verdadeira estrela. Se receber dinheiro demais, será muito aquém de sua produção para a Água Pura; se receber pouco, será uma escolha sólida, no máximo. No geral, uma escolha arriscada num momento do draft que ainda mantinha algumas estrelas à disposição.

3 - Pará Parapapão - Hedo Turkoglu

O Parapapão consegue, na terceira rodada, um jogador melhor do que conseguiu na segunda: Hedo Turkoglu despontou como uma estrela de fantasy na temporada passada e é uma excelente escolha para o time de Pará. Ganhando menos de 7 milhões, sua contribuição em pontos, rebotes, assistências, bolas de 3 e roubos, todas em alto nível, chegam a preço de banana. Ao lado de Kobe Bryant, forma uma dupla eficaz em todos os quesitos, menos tocos. Seus números são dignos de uma escolha de primeira rodada, podendo facilmente ser a estrela da maioria dos times da Liga Bola Presa, mas seu contrato acabará muito em breve e o Parapapão terá que se preocupar em manter o turco em sua equipe.

4 - Curitiba Green Glass - Raymond Felton

Apesar de não ter tido uma excelente temporada, diminuindo notoriamente seu aproveitamento nas bolas de 3 pontos, Felton ainda é uma ótima escolha para a armação da equipe de Curitiba. Seus números em pontos, assistências e roubos só tendem a crescer e o jogador é muito jovem, demonstrando valor no quesito potencial. Se não fosse pelo seu contrato, que deve durar apenas mais uma temporada, poderia até ter sido escolhido antes, mas chega como uma das melhores opções disponíveis para armar o jogo para a dupla de garrafão Howard e Horford. O trio é, sem dúvida, um dos mais interessantes da Liga.

5 - SP HorseRide - Stephen Jackson

Stephen Jackson contribui em pontos mantendo números sólidos em rebotes, roubos e assistências. Sua especialidade, no entanto, são as bolas de 3, quesito que será forte no time dos cavalinhos com Jackson e Durant em quadra. Por seu salário, é uma boa escolha para complementar a equipe, contribuindo em vários quesitos, mas também não deixa de ser um risco: por jogar num time de Don Nelson, não só sua produção acaba sendo bastante variável, como também é obrigado a jogar de PF em diversos jogos, aumentando seus riscos de contusão.

6 - Goiânia Horizon Horse - Ben Gordon

Além do mesmo problema que aflige Luol Deng, ou seja, estar prestes a assinar um novo contrato que tem tudo para ser alto demais para sua produção, Gordon ainda tem alguns inconvenientes adicionais, como sua tradição de começar os jogos no banco, o que limita um pouco seus minutos em quadra, e seu jogo menos balanceado e mais focado em pontuar. Se o Chicago Bulls oferecer um grande contrato para Ben Gordon, será por sua produção ofensiva nos momentos decisivos dos jogos, no quarto período, habilidade que de nada vale no mundo do fantasy. Para o Cavalo do Horizonte, Ben Gordon apenas trará pontos e bolas de 3 pontos, com números abaixo da média em todos os outros quesitos. Ao menos pode jogar em duas posições, o que o torna mais versátil, mas ainda não é o bastante para justificar a escolha.

7 - DeepStep Ballers - Jose Calderon


Uma escolha excelente à essa altura do draft, Jose Calderon tem tudo para ser um dos melhores de sua posição graças ao número elevadíssimo de assistências aliado aos quases inexistentes turnovers. Além disso, tem um arremesso sólido que manterá sua produção em pontos e bolas de 3 ao menos na média, tornando-o uma estrela imediata. Seu valor foi prejudicado pelo tempo de quadra dividido com TJ Ford, mas depoimentos em Toronto indicam que Calderon será o titular, com Ford sendo trocado, e a franquia já garantiu que pagará ao armador dinheiro adequado para uma estrela de seu porte. Se o time de Passo Fundo não tiver problemas em abrir os cofres, sai com o melhor jogador da terceira rodada.

8 - Bauru Without Tomato is Mixed - Mehmet Okur

Mehmet Okur mantém o padrão da escolha anterior do time de Bauru: polêmica, estranha, mas completamente funcional. Okur não é o típico PF de fantasy, já que não é excepcional em rebotes e praticamente nunca dá tocos, mas compensa isso se mostrando especialista numa área pouco comum para alas-pivôs: os 3 pontos. Além disso, seu aproveitamento em rebotes aumentou bastante nos playoffs, mostrando que ainda há potencial para que Okur seja mais sólido no quesito. Okur e Duncan formam uma dupla pouco usual no fantasy mas que, se apoiados por um elenco adequado, formarão uma combinação muito poderosa. Okur também ganha razoavelmente pouco para os números que oferece, mas traz a dúvida de quanto ganhará quando seu contrato terminar em breve.

9 - Rio de Janeiro DrugDealers - Jason Richardson

Jason Richarson leva para o morro sua experiência como cestinha do Bobcats e números altos em roubos e principalmente em rebotes, especialmente para um SG. Seu potencial nessas três categorias já seria suficiente para que alguém fosse corajoso o bastante para abraçar seu salário de 12 milhões, mas ainda há algo além no pacote de J-Rich: ele não é apenas um especialista em 3 pontos, ele é o maior especialista nesse quesito no universo do fantasy. Como líder em bolas de 3 pontos feitas na temporada, J-Rich é capaz de ganhar jogos sozinhos nesse quesito enquanto mantém a produção nos outros. É uma excelente escolha que não deu tempo do meu time fazer, e é curioso ver que Jason Richardson jogará pelo DrugDealers junto com Okafor, seu parceiro de Bobcats.

10 - JPA KissFlowers - Mike Dunleavy

O ala Mike Dunleavy estava na minha lista de jogadores para serem "roubados" mais tarde no draft, o que me leva imediatamente a dois comentários sobre essa escolha. Por um lado, ela é precipitada e acontece cedo demais na terceira rodada; por outro lado, é uma escolha ótima porque Mike Dunleavy tem várias qualidades. Para começar, é um dos líderes em bolas de 3 pontos convertidas, tornando-o um especialista nesse quesito em fantasy. Além disso, tem um bom número de rebotes para um SF mas pode também jogar de PF, permitindo uma vasta gama de possibilidades. Seus pontos estão subindo cada vez mais e Dunleavy vem claramente do melhor ano da sua carreira, o que nos leva a crer que ainda há espaço para crescimento do jogador que foi anunciando, em seu draft, como "o próximo Larry Bird". Seu salário é bastante salgado para um especialista, mas a carga de potencial torna essa escolha, ao menos, plausível.

11 - Brasilia Twisted Trees - Andrea Bargnani


Sem dúvidas, é a primeira escolha da Liga Bola Presa baseada inteiramente no potencial. Até então, todos os jogadores escolhidos eram capazes de contribuir para seus times imediatamente em algum quesito, podendo ser, em matéria de números, titulares. Bargnani quebra essa regra por ser um jogador sem números expressivos em nenhum quesito, sem minutos de quadra e muita, muita promessa. As Árvores de Brasília com certeza planejam cultivar Bargnani sem pressa, abrindo mão de uma estrela pronta para apostar no jovem jogador que pode se tornar uma peça fundamental da equipe nos anos que seguirão. Por enquanto, seu salário é apenas simbólico e Bargnani deve ficar no banco de Brasília, ao menos até ganhar minutos adequados em Toronto. Uma escolha arriscada, questionável, que eu não faria, mas que mostra culhões e uma tática clara e objetiva por parte dos cérebros no Planalto: apostar na juventude. Com isso, a equipe deve ter espaço salarial para, inclusive, apostar em outras estrelas que acabam sobrando mais para frente no draft, graças aos seus contratos altos demais, ou então manter a flexibilidade na folha de pagamento para conseguir outros jogadores free agents.

12 - Campos Oilers - Joe Johnson

Joe Johnson leva para a terra do petróleo uma produção balanceada em todos os aspectos, menos tocos. É um jogador novo que vem desenvolvendo seu potencial a cada temporada, crescendo junto com a equipe de Atlanta. Em números, JJ é uma grande escolha na terceira rodada, principalmente por seus pontos e assistências, mas seu salário é bastante salgado e exige planejamento por parte de Campos. Mais uma escolha melhor do que algumas escolhas da primeira rodada, provando que ainda há muito talento no draft.

13 - Recife Gold Lions - Devin Harris

A escolha que eu iria fazer, feita pelo time logo antes do meu. Os (malditos!) Leões Dourados saem na minha frente com um armador jovem, com potencial ilimitado, e que já provou ser por muitas vezes imarcável na NBA. Desde que chegou a New Jersey, mostrou que terá uma excelente produção em pontos, roubos, assistências, números razoáveis em rebotes e até - quem diria - em bolas de 3, que começou a tentar, com sucesso, no Nets. O jovem armador é uma escolha para o futuro, futura estrela de New Jersey, que vai contribiur imediatamente para a equipe de Recife. O único porém é que seu contrato acabará na próxima temporada, levando Devin Harris a receber o salário adequado a uma estrela e obrigando os Leões a abrirem a carteira.

14 - São Bernardo Furnitures - Josh Howard

Uma escolha bastante questionável, principalmente pela produção que apresentou nos playoffs. Apesar do potencial, já tendo apresentado números bem altos em roubos e tocos no passado, Josh Howard decaiu em todos os quesitos enquanto passou a se focar mais em pontuar. Usando como critério sua última temporada, Josh Howard é um bom pontuador e reboteiro que ganha muito mais do que sua produção permitiria, mas é no potencial de que retome seus números nos outros quesitos que essa escolha se baseia. Como eu disse, questionável.

15 - Natal Suncity - David Lee

Muito se disse sobre David Lee ser o melhor jogador do Knicks, mas eu não vejo isso se concretizando no mundo do fantasy. Sua produção em rebotes é ótima, em pontos é consistente e só tende a subir, mas é nos outros quesitos que David Lee deixa muito a desejar. Por participar pouco do ataque, não dá assistências, e por se focar nos rebotes, não tem números satisfatórios em tocos e roubos. No entanto, essa escolha faz sentido para a equipe de Natal na aposta de que Lee se encaixe no estilo do técnico Mike D'Antoni, ganhando mais minutos e sendo mais participativo em quadra. Além disso, seu salário é simbólico, não chegando a 2 milhões, tornando essa escolha completamente compreensível.

16 - Porto Alegre Ornitorrincos - Ron Artest

Com um salário baixo, capacidade para ser um dos cestinhas da NBA, excelente reboteiro para sua posição, bom passador e um dos líderes em roubos no mundo do fantasy, Artest é uma estrela imediata capaz de carregar um time nas costas. Alguém, portanto, iria assumir o risco cedo ou tarde. Na terceira rodada, não é nem cedo demais nem tarde demais, no que eu considero um bom momento para draftá-lo. Os Ornitorrincos fizeram uma boa escolha, portanto, mas terão que preparar o banco de reservas e saber lidar com um Artest que, por contusões ou indisciplina, nunca jogou mais de 72 partidas numa temporada em toda sua carreira. Na temporada passada, apesar dos altos números, foram apenas 57 jogos, podendo deixar a equipe de Porto Alegre na mão em momentos cruciais.

17 - SP Crazy - Chauncey Billups

Num draft em que os bons PGs já não são tão fáceis de encontrar, Billups é uma boa escolha para São Paulo. Suas assistências não estão no topo da Liga mas são razoáveis, assim como pontos e roubos. Em bolas de 3 e turnovers, Billups se destaca ainda mais como um jogador que contribui e não prejudica a equipe. Pelo salário que ganha, Billups não é uma escolha tão atraente por não ser uma estrela nos números e já estar em seu ápice, mas é uma escolha interessante para jogar ao lado de Dwyane Wade em São Paulo.

18 - Interlagos Racecars - Elton Brand

Após draftar dois jogadores que assinarão novos contratos de valores desconhecidos, o time de Interlagos faz de novo, escolhendo Elton Brand para o banco de reservas. Se optar por deixar o Clippers, Brand assinará mais um contrato de valor desconhecido que pode estufar a folha salarial do Racecars e que potencialmente será digno de uma estrela. Elton Brand é um monstro em pontos, rebotes e tocos mas, mais do que isso, traz para Interlagos uma consistência nos números de partida para partida que poucos jogadores possuem, tornando-o muito confiável no mundo do fantasy. Essa escolha teria facilmente ocorrido na primeira rodada se não fosse pelo medo de sua contusão, que o tirou de toda a última temporada. No entanto, Brand vinha de 3 temporadas com mais de 79 jogos e quando voltou, no fim da temporada anterior, manteve suas médias elevadas, descartando o medo de que seu aproveitamento diminuísse com a lesão. Sua saúde ainda pode ser motivo de medo, mas o medo é bastante infundado e os Carros de Corrida conseguem roubar Elton Brand do resto da Liga, pronto para ganhar o prêmio de 6o homem por anos a fio.

19 - Vila Real Junkheads - Paul Pierce

A equipe lusitana pode se dar ao luxo de draftar seu maior salário apenas na terceira rodada, roubando uma grande estrela das mãos dos outros times que já começam a ficar preocupados com o limite salarial. Pierce é um jogador muito consistente capaz de ajudar muito em pontos e rebotes para sua posição, além de ter números muito bons em assistências e sólidos em bolas de 3 e roubos. É uma escolha excelente, nos moldes de outras estrelas de fantasy com números parecidos, mas Pierce consumirá 18 milhões dos cofres portugueses, o que acabou afastando outras franquias, para a sorte do time de Vila Real. Além disso, a produção de Paul Pierce nos playoffs foi simplesmente sensacional, aumentando em praticamente todos os quesitos, o que pode indicar uma futura temporada regular ainda mais sólida de sua parte. Certamente vale o investimento para um time que já montou uma base concreta.

20 - Santo André Balboas - Zydrunas Ilgauskas

Um dos últimos bons pivôs de fantasy disponíveis, Ilgauskas leva seu jogo em câmera-lenta para Santo André. Apesar da idade avançada e dos ocasionais problemas de saúde que sempre comprometem sua produção, Ilgauskas teve uma última temporada bastante competente, com números muito interessantes em rebotes e tocos, além de sempre contribuir no quesito pontos. Pelo salário que ganha, infelizmente, Ilgauskas deixa um pouco a desejar por contribuir muito pouco nas outras categorias e não dominar realmente em nenhum aspecto. Ainda assim, é uma força no garrafão que fará diferença contra adversários que não conseguiram pivôs de qualidade.

21 - San Diego Spikes - Mike Miller


Mike Miller é uma escolha bastante consistente, mas focada em uma estratégia muito específica. O ala dos Spikes contribui moderadamente em pontos, tem um bom número de rebotes e assistências, e é um dos grandes nomes em bolas de 3 pontos no mundo do fantasy. Por ser praticamente nulo nas outras categorias, se encaixa no rótulo de especialista. Pelo salário que ganha, sou levado a considerar essa escolha um tanto precipitada na terceira rodada, mas apenas o elenco que cercar Mike Miller poderá mostrar o valor da decisão de draftá-lo. Miller pode ser um jogador fundamental em algumas estratégias, caso em que se tornaria perfeitamente compreensível escolhê-lo imediatamente e motivo pelo qual respeito muito a escolha de San Diego.


22 - São Paulo TrafficJam - Rashard Lewis

Os problemas do Rashard Lewis do mundo do fantasy são os mesmos do Rashard Lewis do mundo real, ou seja, ele ganha um salário de estrela sem mostrar reais méritos para isso. O salário começa em 17 milhões mas chegará a 23, exigindo um comprometimento financeiro considerável do Congestionamento Paulista. Sua produção, no entanto, é também de mero especialista. Contribui em pontos e rebotes sem, no entanto, dominar nessas categorias. Não compromete em roubos, não dá tocos, e só tenta valer o salário que ganha quando o assunto são as bolas de 3 pontos, em que figura entre os líderes da Liga. Embora a escolha de Rashard, como a de Mike Miller, seja basicamente dependente da estratégia utilizada, o contrato de Rashard é quase intragável e torna essa escolha, ao menos para mim, imediatamente questionável.

23 - Campos Lighthalzen - Vince Carter

Vincer Carter assustou muitas franquias com um vasto histórico de contusões e seu contrato gordo, mas seus números são excelentes e seu salário é inferior ao de Paul Pierce, por exemplo, estando inclusive no mesmo patamar de Joe Johnson, mas com números melhores. É claro que Carter não é uma escolha tão boa quanto JJ por questões como idade e durabilidade, mas ele também contribui imediatamente em todas as categorias, menos tocos. Figura entre os cestinhas da NBA e tem números muito altos em rebotes e assistências para sua posição, além de contribuições sólidas em roubos e bolas de 3 pontos. Para mim, uma ótima escolha de terceira rodada para Campos, até porque Carter vem de três temporadas em que jogou ao menos 76 jogos, parecendo ter ajustado seu jogo às contusões, se especializando nas bolas de 3 que aumentam cada vez mais.

24 - Goytacaz Warriors - Mike Conley Jr.

Uma escolha arriscada que eu, sinceramente, não compreendo. Os Guerreiros poderiam ter escolhido outros armadores consagrados, tanto com salários altos quanto baixos, mas preferiram Mike Conley, um jogador que ainda não provou absolutamente nada em quadra. Sua situação em Memphis é complicada, já que o Grizzlies conta com três PG (Crittenton, Lowry e Conley) e anunciou que um deles será trocado, enquanto os outros dois continuarão na equipe. Se Conley continuar em Memphis, terá minutos reduzidos pela presença do segundo armador. Se for trocado, não mostrou até agora as condições para jogar minutos significantes em outra equipe. Assim como a escolha de Bargnani, trata-se puramente de potencial, uma aposta arriscada. Numa terceira rodada, é cedo demais para riscos dessa proporção. Embora me agrade o núcleo da equipe draftada em Goytacaz até então, com Manu e David West, a última escolha da terceira rodada é facilmente a que mais me desagrada no draft até o momento.

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